Seca no centro-oeste brasileiro e o cenário de mudanças climáticas
Há alguns anos a mudança climática é uma preocupação de governos sérios ao redor do mundo. Devido à diversos fatores como a saúde, geração de energia e produção agrícola. Bem, no Brasil podemos já ver os efeitos dessa mudança, com aumento do preço das contas de luz e prejuízos na produção de milho no centro-oeste, por exemplo.
Porém oque está sendo feito para mitigar o problema? Em nosso país muito pouco, visto os números recordes do desmatamento nesse ano e no ano passado com expressiva atuação governamental para afrouxar a fiscalização ambiental. Dessa forma podemos ver que a situação se desenrola para uma piora considerável.
Porém, iniciativas como o mercado de carbono que nada mais é do que a taxação da emissão de CO2 por empresas dão uma esperança de que possa haver uma saída para o problema. Tal qual as propostas brasileiras para a COP-26, a conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, que será realizada em novembro, na Escócia, que serão debatidas na câmara dos deputados no próximo dia 21. Acordo de paris que estipula a meta de aumento da temperatura global em não mais que 1,5°C, sendo que é importante recordar as Contribuições Nacionais Determinadas (NDC), que estipulam quanto cada país deverá reduzir das emissões para auxiliar na meta global.
Porém falando especificamente do brasil, em uma fazenda em Campo Grande não chove regularmente faz 60 dias. A estiagem severa que atinge a lavoura de milho deve trazer prejuízos ao agricultor.
“Quebra consolidada de 50%, consolidada hoje, que se chovesse hoje não recupera e calculamos que deve aumentar nos próximos dias se não vier chuva. Os últimos 18 anos que eu estou aqui na região eu nunca vi uma seca igual”, conta o produtor rural Mateus Tochetto.
As lavouras de cana de açúcar também estão sentindo os impactos. A região Centro-Sul produz 90% do açúcar, etanol e eletricidade resultante da queima do bagaço de cana do país. A safra teve um início mais lento em relação a 2020 e já sofre com as chuvas irregulares.
"Isso vai fazer com que a próxima safra, a que está si iniciando agora em abril, tenha uma redução de até 45 milhões de toneladas de cana em relação à safra passada. A safra passada nós processamos 605 milhões de toneladas de cana e essa safra em torno de 560 milhões”, diz Antônio de Pádua Rodrigues, diretor da Única da Indústria de Cana de Açúcar.
Esses são apenas dois exemplos do problema enfrentado pela seca causada pela La niña, porém que pode estar sendo um sinal do que enfrentaremos num futuro de mudança climática. Dessa forma é imprescindível a atuação de um profissional como o Engenheiro Agrícola e Ambiental, preparado para lidar com tais questões.
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