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Compostagem caseira: do preparo aos benefícios

Primeiramente, é importante ressaltar que, devido a atual situação que estamos vivendo, muitas pessoas se viram na oportunidade de começar a cultivar seus próprios alimentos em casa, por meio de hortas caseiras, seja em um ambiente aberto, como em sítios, jardins, ou até mesmo em apartamentos, através de vasos específicos para o cultivo de hortaliças e outras plantas. Dessa forma, houve a necessidade de obtenção de fertilizantes e adubos, visando alcançar a produtividade esperada.


Agora, já imaginou poder alimentar sua horta e jardim com um adubo orgânico feito diretamente do resto de comida do seu almoço? Exatamente isso que as composteiras caseiras fazem ao utilizar do lixo orgânico para gerar adubo líquido e solido, propício na alimentação sustentável de hortaliças e plantas em geral, sendo que, além da praticidade na construção e economia financeira, as composteiras caseiras evitam a necessidade de locomoção até estabelecimentos para obtenção de fertilizantes artificiais, sendo essa uma vantagem para residentes de propriedades rurais.


Outro benefício da composteira é que ela pode ser obtida em diferentes tamanhos, a depender da quantidade de plantas a serem adubadas. Dessa forma, quem mora em apartamento não terá dificuldade na obtenção e manutenção da mesma, basta apresentar uma área de serviço ou uma área bem ventilada onde possa colocá-la, explica Sabrina Jeha, herborista do Sabor de Fazenda.


Agora partindo para a construção em si da composteira, o primeiro passo é ter em mãos três caixas organizadoras ou baldes, de forma a formarem uma unidade de três andares, ficando empilhados um em cima do outro. Cada caixa apresenta uma função específica no sistema, sendo a primeira, do topo, responsável pela degradação dos restos alimentares, onde devem ser colocados o húmus da minhoca, algumas minhocas em si e os restos alimentares desejados para compostagem.


Já na segunda caixa, a do meio, basta completar a mesma com serragem, para evitar possíveis quedas das minhocas de uma caixa para outra, para que, dessa forma, elas possam retornar para a caixa do topo. Por fim, a última caixa, a da base, é a caixa que recebera o adubo líquido de todo o processo. Importante ressaltar que, para que o processo aconteça de forma eficaz, é necessário realizar furos nas caixas do topo e do meio, tanto na base quanto na lateral, para facilitar a locomoção das minhocas de uma caixa para outra, além de favorecer a circulação do ar no ambiente criado. Uma dica seria lixar os buracos laterais com frequência, evitando a saída acidental da minhoca.


Fonte: Ciclo Vivo - Cleber Almeida


Para que se mantenha uma relação química perfeita, entre o carbono e o nitrogênio do processo de compostagem, é necessário um ambiente úmido, que no caso seria o húmus da minhoca e o resto de comida, bem como um ambiente seco, que poderia ser a serragem ou folhas bastante secas. Para o caso de apartamentos, a herborista Sabrina indica o uso de serragens, uma vez que as folhas usadas podem não estar totalmente secas, trazendo alguns ovos de insetos.


Depois de tudo que foi apresentado, é muito importante reforçar a importância de manter o ambiente arejado, uma vez que são as bactérias do sistema que impedem que o mesmo fique com mal cheiro. Para isso, algumas indicações seriam manter o dobro ou triplo de serragem, em relação a quantidade de comida, bem como cobrir a comida com serragem, toda vez que depositar a mesma na caixa topo. Além disso, verifique se a tampa do topo está bem fechada e seca e, sempre que necessário, a mantenha seca.


Outro ponto importante a ser ressaltado é o tipo de alimento a ser compostado, sendo essa questão crucial para o desempenho do processo de compostagem. Dessa forma, alguns alimentos devem ser evitados, tais como alimentos salgados demais, pois podem ser prejudiciais as minhocas, bem como carnes e ervas, pois atraem insetos indesejados e espantam os microrganismos decompositores, respectivamente.


Fonte: Pixabay


Quanto a manutenção da composteira caseira, algumas dicas seriam a utilização de garfos de jardim no processo de revolvimento do material compostado, sendo feito superficialmente na primeira semana e de forma mais profunda, a partir dos primeiros 20 dias, verificando, dessa forma, o material que foi decomposto e os que não foram. De vez em quando, use um palito para furar os buracos das caixas do topo e do meio, permitindo uma maior circulação de ar no sistema.


Por fim, para recolher o tão esperado adubo líquido, basta espera entre a segunda e a terceira semana do início do processo, sendo crucial diluir o mesmo com água, para uma relação aproximada de 1 para 10, uma vez que o adubo puro pode ser prejudicial a planta. Já o adubo sólido, só ficará disponível a partir do segundo ou terceiro mês após o início do processo, sendo necessário os esfarelamento no processo de aplicação nas hortas e jardins.


Referencias:


https://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2021/06/30/como-fazer-compostagem-em-casa-veja-dicas-para-comecar.ghtml

https://ciclovivo.com.br/mao-na-massa/faca-voce-mesmo/aprenda-a-fazer-uma-composteira-caseira-reutilizando-baldes-de-margarina/



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