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O dono das nuvens: El Niño

Desde o surgimento da agricultura foi essencial ao ser humano aprender a lidar com os fatores naturais, tais como: solo, água e clima. O clima desempenha um papel fundamental na agricultura, sendo que as informações meteorológicas e climáticas auxiliam os agricultores a minimizar os impactos adversos e melhorar os níveis de produção. Além disso, essas informações são importantes porque permitem definir a época, cultura e o local que oferecem as melhores condições para que uma cultura possa ser desenvolvida.


Fonte: Portal do Agronegocio

Um evento climático que está afetando a produção agrícola, no Brasil, nos últimos tempos é o El Niño. O fenômeno foi batizado por pescadores da costa oeste da America do Sul, logo após observarem o aquecimento das águas no mar nos meses próximos ao Natal. O nome El niño foi escolhido em homenagem ao menino Jesus, que em espanhol é escrito como Niño Jesus. Esse fenômeno caracteriza-se pelo aquecimento das águas superficiais do Oceano Pacifico e influência nos padrões de vento e no regime de chuvas, o que causa variações climáticas no mundo inteiro. Os sistemas de vento sopram das regiões de alta pressão para as regiões de baixa pressão, causando chuvas constantes em algumas regiões, e a falta dela em outras.


O El niño tem deixado “de pernas para o ar” o clima no Brasil. As chuvas atingem a região Sul do Brasil, na região Sudeste o aumento da temperatura agrava as perdas na produtividade de diferentes grãos, enquanto no Nordeste a seca castiga ainda mais. Segundo dados do canal rural, por influenciar no regime de chuvas, o El niño foi responsável pelo atraso do plantio do milho em Mato Grosso, Goiás e também no Sudeste, que foi tardio pela falta de chuva. Já no Rio Grande do Sul o plantio de arroz atrasou devido as chuvas intensas e frequentes, sendo que em algumas regiões a semeadura nem pode ser concluída.


A alternativa encontrada por muitos produtores para driblar os efeitos desse fenômeno, é desenvolver alternativas para minimizar as perdas e os prejuízos causados por essa instabilidade climática. A rotação de culturas, sendo representada também pela Integração Lavoura – Pecuária - Floresta (ILPF) tem ajudado os produtores a reverter esse quadro. A construção de barraginhas é outra alternativa que tem sido muito utilizada no Estado de Minas Gerais, com o intuito de armazenar água da chuva que será utilizada em diferentes atividades desenvolvidas no campo.

Foto: Projetobarraginhas.blogspot.com.br


A boa noticia para os produtores rurais é que, segundo dados do boletim de informações climáticas do CPTEC/ INPE, esse fenômeno já entra em declínio nesse ano de 2016, sendo sucedido pelo La Niña, que é um evento aposto ao El Niño, apresentando um padrão de chuvas mais regular em relação ao atual fenômeno. A esperança é que esse fenômeno traga mais estabilidade e permita que os agricultores continuem com suas rotinas agrícolas.


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