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Como as mudanças climáticas podem afetar a produção agrícola?

Por Isabella Espindola

As mudanças climáticas desafiam veemente a ciência, pois te impacto direto nos oceanos, ecossistemas, clima e saúde humana, além de poder reduzir a capacidade dos solos de absorver água em muitas partes do mundo, de acordo com um estudo conduzido por Rutgers. E isso pode ter sérias implicações principalmente na produção agrícola, provocando perdas significativas nas safras de grãos e alterando a geografia das terras agricultáveis, além de colocar em risco a segurança alimentar do país.


Os relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês) demonstraram que o clima do planeta está mudando e que a elevação da concentração dos gases de efeito estufa é a principal causadora. Por exemplo, a concentração de CO2 na atmosfera, que em 1960 era de 315 ppm, hoje está acima de 412 ppm, além da velocidade de aumento dessa concentração estar cada dia sendo acelerada.


A partir dos relatórios do IPCC, começaram a ser desenvolvidos estudos relacionados às mudanças climáticas em diversos locais do mundo e seus potenciais impactos na agricultura. No Brasil, a Embrapa tem trabalhado em alguns projetos de pesquisa envolvendo a questão do aquecimento global e a adaptação de culturas às novas condições ambientais esperadas.


Com isso, esses estudos que trabalharam com simulações de cenários, mostram possível aumento das temperaturas, e apontam que por exemplo alguns cereais de inverno, como o trigo, podem ter sua área tradicional de cultivo no sul do Brasil afetado, caso a temperatura aumente de 1 a 3ºC nos próximos anos. E isso ocorre devido a tendência de aumentar a umidade e assim surgir doenças fúngicas, que afetam gravemente as lavouras.

Mesmo com os efeitos negativos consequentes das mudanças climáticas na agricultura, existem sim, formas de reduzir os danos ou se adaptar às condições climáticas desfavoráveis.


Existem diversas práticas agrícolas amplamente divulgadas que podem diminuir as emissões de gases poluentes em atividades do setor, como por exemplo o uso sustentável de recursos hídricos, manejo de pragas e doenças, diversificação da oferta de alimentos e/ou melhoramento genético, transição para sistemas integrados de produção, dentre outras práticas que podem criar a capacidade de adaptação das plantas cultivadas, através da ajuda de instituições que lidam com ciência, tecnologia e inovação para agricultura.

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