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Estudante Investidor ?

O principal dilema da vida estudantil, além da gestão do tempo, é o gerenciamento das suas finanças. Mas depois de quitar aluguel, contas, alimentação e festas, ainda é possível que o estudante invista seu dinheiro visando sua saúde financeira? A resposta é sim.


Tudo parte de um planejamento, a organização se faz necessária em todas as áreas da vida e quando o assunto envolve o próprio “bolso”, possuir uma disciplina para a gestão das próprias finanças é o ponto chave. Dessa forma, possuir um aplicativo para controle de gastos e uma planilha para uma balanço financeiro mensal é muito indicado, fazendo com que o estudante adquira um olhar crítico sobre duas despesas e projete um recurso para investimentos a curto, médio e longo prazo.


Beleza, recebi, controlei, paguei e sobrou, onde invisto ?

A cultura de investimentos no Brasil foi muito tempo baseada em alocação de dinheiro na poupança e aquisição de imóveis, uma vez que a primeira opção sempre trouxe um rendimento (embora muitas vezes abaixo da própria inflação) atrelado a segurança (por ser oferecida por bancos renomados) e a segunda sempre foi uma cultura para obter ganhos maiores a longo prazo. Entretanto, sempre houveram formas tão ou mais seguras de se alocar as finanças obtendo-se rendimentos ainda maiores, além de superar a inflação.


A primeira opção para fugir da poupança é o tesouro direto, uma forma que o governo tem de pegar empréstimo com a população, oferecendo opções como o tesouro selic (investimento mínimo de R$100,00) para investimentos a curto prazo, que sempre rende mais que a poupança.


SELIC ?


A selic é a taxa básica de juros da economia. É o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central (BC) para controlar a inflação. Ela influencia todas as taxas de juros do país, como as taxas de juros dos empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras.

Basicamente, se a taxa selic está diminuindo, a economia do país está crescendo e a inflação caindo.


POUPANÇA x SELIC


A poupança sempre está atrelada abaixo da taxa selic, então na maioria da vezes o tesouro selic será mais atraente que a poupança, quando investido a taxa zero pelas corretoras financeiras.

Outras opções do tesouro direto, como o “pré-fixado” e o “IPCA+” são para investimentos a médio e longo prazo.


Outras opções de investimentos chamados de renda fixa são CDBs (Certificado de depósitos bancários) que você empresta dinheiro para um banco e LCs (Letras de crédito imobiliário ou agronegócio) que são cartas emitidas por instituições financeiras com o objetivo de financiar determinados setores da economia. Essas opções têm um nível de risco maior que o tesouro direto, mas também trazem rendimentos maiores consigo.


Por fim, temos a famosa renda variável que possui dois tipos de investimentos muito interessantes, ações e fundos imobiliários.


As ações são a forma de se tornar sócio de empresas listadas na bolsa de valores, esse método traz um risco maior que pode ser minimizado por meio do investimento em empresas sólidas, lucrativas e com baixas despesas. O estudante pode entrar nesse meio pelo mercado fracionário, que oferece a oportunidade de investir com menos de R$100,00 (atentando-se a escolher uma corretora com taxa zero para esse investimento).


Os fundos imobiliários (FIIs) substituem o investimento em imóveis, uma vez que você pode investir em vários imóveis de uma só vez e ainda receber o aluguel destes. A vantagem é não se prender a um só imóvel e não ter que alocar um investimento inicial alto, uma vez que existem FIIs com valor inicial abaixo de R$10,00.


Ambos investimentos pagam aluguel (FIIs) e dividendos (ações) mensais, trimestrais, semestrais ou anuais, gerando uma renda passiva que pode ser reaplicada para ampliar o patrimônio investido.


Hoje, a marca de quase 1 milhão de investidores na bolsa de valores está praticamente alcançada, que ainda é muito pouco, uma vez que representa cerca de 0,48% da população.

Assim, implantar a educação financeira se faz cada vez mais importante, pois o ato de investir e formar patrimônio pessoal é um fator que ajudará a melhorar a saúde financeira não só dos estudantes, mas de toda a população.

Referências:


https://www.infomoney.com.br/onde-investir/acoes/noticia/8260177/bolsa-se-aproxima-de-1-milhao-de-investidores---mas-ainda-e-pouco


https://www.bcb.gov.br/controleinflacao/taxaselic


https://www.nexojornal.com.br/expresso/2018/02/09/A-rela%C3%A7%C3%A3o-entre-taxa-Selic-e-caderneta-de-poupan%C3%A7a-em-4-gr%C3%A1ficos


https://andrebona.com.br/lci-e-lca-aprenda-investir-em-letras-de-credito/


https://fiis.com.br/fiis-baratos/


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