Medo do Futuro: Aposte na Profissão Promissora
A escolha do curso, passar em um vestibular, estudar, participar de projetos de pesquisa ou extensão, integrar em Programas de Educação Tutorial, Empresa Júnior, Centro Acadêmico, estagiar, entregar o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e, depois de todo esse trabalho árduo você conquista o seu diploma. Essas dificuldades que podem causar uma certa sensação de desespero é apenas a fase inicial pois, as adversidades não param. Após a conclusão do ensino superior, o estudante fica de frente com um dos maiores obstáculos pós-formação que é ingressar no mercado de trabalho.
A quantidade de pessoas formadas que procuram por emprego é grande, isso prova que não é qualquer diploma que te garante uma vaga. Recentemente, o Programa Fantástico mostrou um caso em São Paulo, que houve uma fila de 15 mil pessoas à procura de um emprego. Essas enviaram currículo, investiram tempo, fizeram muitos cursos e muitas empresas alegam que falta qualificação dos concorrentes. Foram disponibilizadas 6 mil vagas e não necessariamente para salários altos. De acordo Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores, a médias dos salários dessas vagas não passam de R$ 1.500,00.
Segundo a última pesquisa feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Brasil possui mais de 13 milhões de desempregados (dez/2018 a fev/2019). Isso trás um questionamento. O que os empregadores esperam? O que eles buscam no candidato?
Se pararmos para analisar, iremos perceber que as demandas dos últimos anos mudaram, as empresas buscam um perfil diferente, pessoas capazes de solucionar problemas complexos, que sejam criativas e extremamente qualificadas. Estudos feitos pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada do Ministério da Economia) analisaram tarefas que poderiam ser realizadas por computadores e robôs, melhor ou tão bem quanto os seres humanos. Aguinaldo Maciente, coordenador de Trabalho do IPEA, confirma que cerca de 55% das ocupações dos empregos formais no Brasil poderiam facilmente serem substituídos por essas tecnologias.
Algumas capacidades são exclusivas das pessoas como: O trabalho em equipe, análises de gráficos, o improviso, ideias inovadoras, pois, não estão tão ligadas ao aspecto tecnológico. Isso faz com que a escolha do curso a se fazer, seja ainda mais difícil nos dias atuais. Fontes do IPEA, em conjunto com a UNB destacam que o emprego que possui menos risco de automação é: ENGENHEIRO AGRÍCOLA. Enquanto isso, os estudos avaliaram que 30 milhões de empregos correm risco de desaparecer do país nos próximos 7 anos.
Uma pesquisa feita pela vice-presidente da ABEAG (Associação Brasileira dos Engenheiros Agrícolas) e pela Professora Gizele Ingrid Gadotti, da Universidade Federal de Pelotas, aponta um cenário favorável para os engenheiros agrícolas com a quarta revolução industrial. De acordo com a pesquisa, a agricultura de precisão absorveu, em 2018, 28% da mão de obra nas áreas de comercialização, programação, coleta de dados e pós-venda. Eles persistem que o emprego do futuro está nas áreas de robótica agrícola, big data, biodigestores e energia alternativa. Como supracitado, o mercado espera mais do que os currículos geralmente presumem. O mercado está buscando soft skills, agricultura de precisão, processos, programação e correlacionados.
Mas o que compete ao Engenheiro Agrícola? Será que essa profissão consegue suprir as exigências das empresas?
Então, compete ao Engenheiro Agrícola o desempenho de atividades de engenharia, no que se refere à aplicação de conhecimentos científicos e tecnológicos necessários ao avanço da ciência e à solução de problemas relacionados a sistemas agrícolas e agroindustriais. As atividades do profissional incluem o diagnóstico, o planejamento, o projeto, a avaliação de impactos ambientais e sociais, decorrentes de sistemas envolvendo energia, transporte, estruturas e equipamentos nas áreas de irrigação e drenagem. Além disso, inclui construções rurais e ambiência, eletrificação, máquinas e implementos agrícolas, agricultura de precisão, mecanização, automação e otimização de sistemas, processamento e armazenamento de produtos agrícolas.
A Engenharia Agrícola não é só um curso altamente completo, como é de extrema importância, quando percebemos que a partir dele é possível formar um elo entre dois importantes campos da ciência: a engenharia e a agricultura. A ABEAG destaca: “O Brasil tem um grande potencial agrícola e com isso a demanda por tecnologia é grande.”. A formação do Engenheiro Agrícola possui uma base sólida em disciplinas da área de engenharia como: Mecânica, hidráulica, resistência dos materiais, elétrica, projetos de máquinas e a formação especificam que foca em mecanização agrícola, recursos hídricos, armazenamento e processamento de produtos agrícolas, geoprocessamento, energização rural, etc. Isso faz com que a qualificação do Engenheiro Agrícola seja suficiente para ele conseguir desenvolver e implementar soluções tecnológicas e inovadoras para a demanda da agricultura atual.