Energia Solar no Mercado Nacional Brasileiro
No contexto da busca por novas energias alternativas, a energia solar é uma fonte que merece destaque, isso se deve, principalmente, por ser uma fonte ilimitada. Ela é nossa fonte primária de energia, sendo outras fontes, como o petróleo, o gás natural e a biomassa, formas indiretas de aproveita-la (MENDES).
E, quando se trata do aumento da produção de energia solar, o Brasil é um país que tem um enorme potencial. O principal motivo para isso é por ser um país tropical com taxa de radiação solar bastante constante ao longo do ano, em torno de 1200 e 2400 KWh/m2 /ano, enquanto na Alemanha, pais líder nesse setor, a taxa fica entre 900 e 1250 KWh/m2 /ano (MACHADO, MIRANDA, 2015). No entanto, na pratica, não se vê um grande avanço neste setor dentro do mercado nacional.
Em um artigo publicado em 2009, Vichir e Manson dão ênfase na grande possibilidade que o Brasil tinha de tornar-se um dos líderes mundiais nesse setor, o que claramente não se concretizou, uma vez que o país não se encontra entre os vinte maiores produtores, tendo, até o fim de 2016, apenas uma potência instalada de 81M de energia solar fotovoltaica (VICHI, MANSOR, 2009).
Existem sim, no Brasil, políticas de incentivo à fonte solar. Em 2014, foram iniciados leilões de compra específicos para energia solar e há também o sistema de compensação de energia criado pela ANEEL da Resolução nº 482, de 2012, mas, além de serem muito poucas, em 2016, ainda ocorreu o cancelamento dos leilões por parte do Ministério de Minas e Energia (MME), o que instabilizou ainda mais o setor (NASCIMENTO, 2017).
Assim, fica claro que o Brasil ainda tem muito que crescer no ramo da energia fotovoltaica e, o principal entrave, na minha opinião, tem sido o alto custo inicial necessário para compra e instalação dos painéis solares, aliado à falta de informação sobre os benefícios desse investimento.
Sendo assim, o que falta para que nos tornemos grandes produtores de energia solar, é, principalmente, que as informações a respeito das vantagens de se produzir essa energia e das linhas de créditos existentes para tal cheguem até a população, o que pode ser feito através de campanhas informativas sobre o uso da energia solar e as formas de acesso às redes das distribuidoras.
Referências bibliográficas:
-MENDES, L. Qual o futuro da Energia Solar? Disponível em: <http://astrasolar.com.br/energia-solar/qual-o-futuro-da-energia-solar/> Acesso: 14/03/2018
-MACHADO, C. T.; MIRANDA, F. S. Energia Solar Fotovoltaica: Uma Breve Revisão. Rev. Virtual Quim., 2015. Disponível em: <http://rvqsub. sbq.org.br/index.php/rvq/article/view/664/508> Acesso: 15/03/2018
-VICHI, F. M.; MANSOR, M. T. C. Energia, meio ambiente e economia: o Brasil no contexto mundial. Universidade de São Paulo, 2009. Disponível em: <http://www.producao.usp.br/bitstream/handle/BDPI/12309/art_VICHI_Energia_meio_ambiente_e_economia_o_Brasil_2009.pdf?sequence=1&isAllowed=y> Acesso: 15/03/2018
-NASCIMENTO, R. L. A Evolução da Energia Solar no Brasil. 2017. Disponível em: <http://www.udop.com.br/index.php?item=noticias&cod=1147820> Acesso:15/03/2018
