Bitcoin: o que é, como funciona e quanto vale?
Você vai a um supermercado, padaria, farmácia ou posto de combustível, faz suas compras e paga normalmente em dinheiro, cartão de crédito ou débito ou até mesmo com o obsoleto cheque. Até o momento, tudo certo... todas as formas de pagamento supracitadas se resumem em seu destino final como sendo o dinheiro em espécie.
Mas, se de uma hora para outra, o nosso tão desejado dinheiro for substituído por um novo meio de pagamento e transações financeiras? Assim como o nosso “Real” um dia foi “Cruzeiro”, que foi “Cruzado” e até mesmo “Réis”, durante o período colonial.
Pois pode ser que você já consiga fazer uma compra sem colocar as mãos no bolso, usando os badalados bitcoins - uma moeda digital - que para muitos tem o poder de promover uma revolução no mercado financeiro tal como é atualmente.
Os bitcoins foram criados em 2009, e não possuem vínculo com nenhum governo, empresa ou país. As moedas são “confeccionadas” por um complexo programa de computador e já são aceitas como meio de pagamento em alguns países, atraindo a atenção de investidores. Ao mesmo tempo, dividem a opinião de economistas, que consideram a moeda como uma bolha financeira: um investimento com riscos incalculáveis.
Moeda ilustrativa do bitcoin, em meio a placa-mãe de computador. (Foto: Dado Ruvic/Reuters)
Os bitcoins, apesar de 8 anos de existência, voltaram a ganhar os holofotes da mídia neste ano, pois, somente em 2017, a moeda valorizou cerca de 900%. No final de novembro, o bitcoin superou o valor de US$ 10.000 (G1, 2017). Assim como tudo que se valoriza de maneira muito rápida, o risco de queda é maior. A volatilidade é a pior inimiga do bitcoin.
Evolução do preço de bitcoin (Foto: CoinDesk / G1)
Com os bitcoins é possível contratar serviços ou adquirir coisas em várias localidades. O número de empresas que o aceitam ainda é pequeno, mas vários países, como a Rússia se movimentam no sentido de “regular” a moeda. Em abril deste ano, o Japão começou a aceitar bitcoins como meio legal de pagamento (EXAME, 2017).
Além dos bitcoins, existem outras moedas digitais, como a Ethereum e a Litecoin.
No Brasil, em maio deste ano, a Câmara dos Deputados instalou uma Comissão Especial (CE) para discutir a regulamentação do bitcoin. Nos últimos dias, o relator do processo que estuda a regulamentação das criptomoedas, o deputado Expedito Netto (PSD-RO), emitiu sua opinião sobre o assunto. E após sete meses de audiências públicas para debater o tema, ele recomendou a proibição e criminalização das moedas digitais no Brasil. Entretanto, ainda há muito o que ser debatido até o rumo que essa história pode tomar no país.
Apesar de toda especulação, valorização e a ideia de "dinheiro fácil", o investimento em moedas virtuais requer cautela segundo especialistas: há quem veja nisso um indício de formação de uma bolha especulativa e quem acredite ser efeito do aumento da confiança na tecnologia que sustenta o bitcoin. Outrossim, é fato que toda a valorização vivida deixa investidores, governos e bancos centrais de "olhos abertos".
Referências:
EXAME - Mercados. Entenda o que é bitcoin. Rita Azevedo, 2017. Disponível em: <https://goo.gl/Ntnzon>. Acesso em dez. 2017.
G1 - Economia. Bitcoin é bolha? Crescimento extraordinário no ano atrai investidores e divide economistas; entenda. Helton Simões Gomes, 2017. Disponível em: <https://goo.gl/5FrhRf>. Acesso em dez. 2017.