O germinar da Engenharia Agrícola e Ambiental
Imagem créditos: Blog da Intrus
O primeiro curso de Engenharia Agrícola do Brasil foi criado na Universidade Federal de Pelotas, em 27 de outubro de 1972. Três anos depois, a Universidade Federal de Viçosa (UFV), que já tinha desde 1970, o Programa de Mestrado em Engenharia Agrícola, criou também o curso de graduação.
Frente ao desafio de manter o profissional atualizado, ocorreu, em 1996, na UFV, o Seminário de Reestruturação do curso de Engenharia Agrícola. A comissão compreendeu que com as alterações tecnológicas, sociais, culturais e principalmente ambientais que ocorrem no âmbito da exploração agrícola, a universidade deveria formar profissionais com competências voltadas para o atendimento de demandas da sociedade do novo milênio. Assim, a semente da Engenharia Agrícola e Ambiental (EAA) foi plantada e, na UFV, o curso de EAA teve autorização do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão em 27/07/1999 e início no ano 2000, sendo reconhecido pelo MEC em 03 de junho 2004, por meio da portaria Nº 1.627. No Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CREA), permanece em andamento a proposta sobre a regulamentação do Engenheiro Agrícola e Ambiental, a qual espera-se que seja aprovada pelo plenário em breve.
O objetivo do curso de Engenharia Agrícola e Ambiental é formar profissionais capacitados a desenvolver técnicas integradas na produção de alimentos com as de desenvolvimento sustentável, de forma a empregar os conhecimentos de Engenharia no desenvolvimento de novas tecnologias na área das ciências agrárias e nas ciências ambientais; promovendo o desenvolvimento da sociedade brasileira.
Áreas de atuação do engenheiro agrícola e ambiental. Imagem créditos: Blog Engenharia Agrícola e Ambiental
Especificamente o profissional atua nas áreas de construções rurais e ambiência, máquinas e mecanização agrícola, processamento de produtos agrícolas, armazenamento de produtos agrícolas, energização alternativa e eletrificação rural, engenharia de água e solo, geoprocessamento e agricultura de precisão, saneamento ambiental, controle da poluição, conservação e planejamento ambiental, gestão de recursos hídricos, análise de susceptibilidade e vocações naturais do ambiente, elaboração de estudos de impactos ambientais, proposição, implantação e monitoramento de medidas mitigadoras e ações ambientais e perícia ambiental.
Com uma crescente demanda por alimentos e matéria prima devido, sobretudo, ao aumento da população mundial, somada ao fato de o Brasil ser considerado o “celeiro mundial”, o engenheiro agrícola e ambiental tem sido bem absorvido pelo solo do agronegócio. Por ser um profissional completo, com atribuições em diferentes ramos de engenharia e capacidade de dar adequada solução a problemas ambientais, recuperando e/ou conservando-os, este profissional mostra-se cada vez mais importante em fazer com que aquilo que vem do campo, passe pela porteira com uma maior eficiência, produtividade e sustentabilidade ambiental.
Empresas como a Monsanto, Bayer, SLC Agrícola, Basf, Irriger, Syngenta entre outras ligadas a agricultura, tem contribuído para ampliar o número de contratações desses profissionais.
Post atualizado em: 09/04/2016
Fontes: DEA-UFV; UFPEL; UFMG; Globo Rural; CONFEA.
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