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Barragens de mineradora se rompem em Minas deixando mais de 500 desabrigados e 25 desaparecidos

Na última quinta-feira (5) houve o rompimento de duas barragens da mineradora Samarco, uma entre as dez maiores exportadoras de minério de ferro do país. O acidente destruíu o distrito de de Bento Rodrigues, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais.

Durante a tarde os técnicos sentiram tremores e averiguando a situação perceberam que as barragens estavam comprometidas. O mar de lama avançou violentamente destruindo tudo em seu caminho. Cerca de 170 casas foram destruídas pela lama, deixando 90% dos moradores do distrito desabrigados. Até agora foram confirmadas 2 mortes, e cerca de 20 pessoas ainda estão desaparecidas, entre os quais muitos trabalhavam na própria mineradora.

Veja as imagens do acidente:

O Ministério Público pedirá que a suspensão das atividades da mineradora nesta semana: "Segunda-feira, dentro do inquérito civil, vamos recomendar à secretaria de Estado que suspenda a licença do empreendimento como um todo até que se apure a regularidade e se garanta a segurança das comunidades", afirmou nesta sexta-feira (6) o promotor de Justiça Carlos Eduardo Ferreira Pinto, coordenador do Núcleo de Combate a Crimes Ambientais e do Núcleo de Resolução de Conflitos Ambientais do Ministério Público de Minas Gerais.

O Ministério Público se opôs, neste ano, à renovação de licenciamento das barragens. Agora, um inquérito vai verificar se as normas do licenciamento ambiental foram cumpridas e apurar as causas e as responsabilidades do desastre. "Ter licença ambiental não significa salvo conduto. Mais do que uma licença é importante que tudo ali seja cumprido com o maior rigor técnico. É isso que a gente vai apurar. Se estivesse tudo bem, não haveria rompimento" disse o promotor Ferreira Pinto. A equipe técnica do Ministério Público coletou amostra da lama da barragem para verificar se ela é tóxica ou não. O parecer sobre a tragédia deve ficar pronto em 30 dias.

O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce (CBH-Doce) informou que a natureza dos resíduos implica em prováveis alterações nas características da água bruta, especialmente com relação a parâmetros de turbidez, cor, entre outros. De acordo com informações preliminares repassadas pela Samarco, o rejeito é composto, em sua maior parte, por sílica (areia), proveniente do beneficiamento do minério de ferro.

fontes: UOL , G1

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